Saturday 29 December 2012

Poema Complementar

 Aqui está um poema complentar, que em principio seria um esclarecimento do exercício criativo proposto em teste mas a inspiração para fazer um esclarecimento não se dignava aparecer. Deixo aqui os dois poemas (o poema que escrevi no teste poderá estar um pouco diferente deste aqui pois tinha só o rascunho e, conhecendo-me como conheço, de certeza que acrescentei ou eliminei algo).


Venho do Sol e da Lua 
Mas sou tua. 

Não me ouves
Não me vês 
Não me conheces 
Não me esqueces. 

Quero ser o Sol 
Quero ser a Lua 
Mas não posso esquecer que sou tua. 

Quero ser todos 
Mas sou só uma. 

Sou tua 
Sou do Sol 
Sou da Lua 
Sou única. 

                   18/12/2012
 Tengo la sangre 
Do Ocidente 
E do Oriente.

 Estou em diáspora. 
Sou visível para uns
 I’m a ghost for others.

 Sometimes I have
 To choose one. 
But I can have them all.

Tengo un 
Tengo dos 
I am the third and the final.

28/12/2012

Silence


"Perhaps I write because I see no better way to be silent", Ilse Aichinger



Durante a minha preparação para um teste, deparei-me com um texto interessante sobre o silêncio. Sei que as aulas já terminaram mas como silêncio era um tema presente em praticamente todas as short-storys e outros textos que estudamos, decidi partilhar convosco umas passagens:

Silence is not a semantic void, like any language, it is infused with narrative strategies that carry ideologies and reveal unstated assumptions. Silence is constituted by the absence. [...] langauge becomes the cover and the cover up for silence that nevertheless operates and becomes audible only through words. [...] there are two kinds of silence: "The first comes from too much knowledge, while the second is a refusal to become awere. This second silence is the escape into wich menory and guilt are repressed". (pág. 7)

Literature uses words to strategize silences, to contour avoidances, to reveal unstated assumptions, to disclose what it wants to hide or deny. (pág. 10)

(Fonte: Ernestine Schlant, The Language of Silence. West German Literature and The Holocaust, Routledge. New York 1999)

Ao ler estas passagens, o meu pensamento vagueou até à mãe de Oscar Wao, Belicia, e à short-story de Carlos Bullosan, Silence. Também, por outras linhas de reflexão, as short-story de V. Nabokov e de Toni Morrison me vieram ao pensemento.

Tuesday 4 December 2012

Trabalho criativo sobre Judith Ortiz Cofer


Frank X Gaspar, por Ana Maria Fonseca



Frank X Gaspar, poeta e romancista americano de ascendência portuguesa, mais especificamente açoriana, nasceu em Provincetown, Massachussets em 1946, onde cresceu, no seio da comunidade portuguesa de Provincetown. Escreveu vários livros de poesia, entre eles The Holyoke e Late Rapturous. Podemos ver presentes em grande parte dos seus poemas marcas da sua ancestralidade açoriana e da sua infância passada na comunidade portuguesa de Provincetown, por exemplo em “Ernestina The Shoemaker’s Wife” e em “The Holyoke.” Gaspar foca-se mais na sua infância e em memórias da sua vida familiar em Provincetown do que propriamente na sua ascendência açoriana. Ele aparenta ter um fraco domínio da língua portuguesa em “Ernestina The Shoemaker’s Wife” e não utiliza tantas palavras em português como outros autores que já lemos utilizam as línguas dos seus antepassados. Porém, essas marcas nem sempre são claras. A sua ascendência portuguesa e a cidade de Provincetown nunca são referidas directamente nos seus poemas. No entanto, a sua infância e a sua ascendência são apenas uma parte da viagem do autor até à sua maturidade, viagem presente nos seus poemas, muito autobiográficos.

Monday 26 November 2012

E agora... para alimentar a veia criativa

Na caixa de comentários, ou em novos posts, é favor elaborarem a vossa reação criativa a:

"Was there time for a rape or two? I suspect there was, but we shall never know because it's not something she talked about. All that can be said is that it was the end of language, the end of hope. It was the sort of thing that breaks people, breaks them utterly." (Junot Diaz, The Brief Wondrous Life of Oscar Wao. NY: Riverhead, 2007, 147)

Thursday 8 November 2012

Um texto recente de Frank Chin - do blog



No meu trabalho sobre Frank Chin, que publiquei antes desta mensagem,  fiz uma aproximação ao texto de Malcom X que estudámos no âmbito desta disciplina.
Durante a minha pesquisa encontrei um texto, também de Frank Chin, que é claramente inspirado num outro relacionado com o movimento dos direitos civis nos EUA na década de 1960 ("I Have a Dream", de Martin Luther King). Pensei que seria interessante mas porque optei não incluir essa referência no meu trabalho, deixo aqui o link (é um post de 14 de Março de 2011).

Isabel Quintela Baptista

http://www.chintalks.blogspot.pt/2011/03/i-had-dream.html


Wednesday 7 November 2012

Vamos todos comentar furiosamente

... gostaria que, na caixa de comentários, deixassem um texto estruturado, para um bom treino: isto é, com introdução, desenvolvimento e conclusão... sem esquecerem de marcar a vossa opinião crítica, de usarem os conectores frásicos, e de relacionarem com texto(s) anteriormente estudados na disciplina.
Pede-se que comentem o seguinte texto de Frank Chin, do ensaio "Come All Ye Asian American Writers of the Real and Fake" (1991)
"[Maxine Hong] Kingston, [Guiyo] Hwang and [Amy] Tan are the first writers of any race, and certainly the first writers of Asian ancestry, to so boldly fake the best-known works from the most universally known body of Asian literature and lore in history. And, to legitimize their faking, they have to fake all of Asian American history and literature, and argue that the immigrants who settled and established Chinese America lost touch with Chinese culture, and that a faulty memory combined with new experience produced new versions of these traditional stories. This version of history is their contribution to the stereotype.
Their elaboration of this version of history, in both autobiography and autobiographical fiction, is simply a device for destroying history and literature. They describe it as a natural process. However, (...) whites, settled in America for hundreds of years, have not lost track of the plots, the characters, or the authors of the most cherished fairy tales and adventures told in Western childhood."

Sunday 4 November 2012

Conto "Até ao Oriente" disponibilizado por Richard Zenith

Estimad@s alun@s,
o Richard teve a amabilidade de dispensar um conto que descreveu como "ficção autobiográfica", escrito na nossa língua, e que pode ser mais um ponto de partida para a nossa discussão de Terça-Feira, complementar de "Experience as Art"

Como no blogger não conheço forma de acesso à inserção de documentos, coloquei-no no blogue da disciplina de Tradução da FCSH, que está sediado no wordpress. Por favor acedam a este post e cliquem em "wenceslau".

http://translationseminar.wordpress.com/2012/11/04/conto-disponibilizado-por-richard-zenith/

Tuesday 30 October 2012

Richard Zenith


Aqui podem encontrar uma biografia do tradutor.
E aqui uma página excelente, principalmente dinamizada por Richard Zenith, de divulgação e tradução de poesia portuguesa em inglês.

Tuesday 23 October 2012

Um ensaio de Amy Tan

"Mother Tongue", bom complemento para o texto de Maxine Hong Kingston que vamos ler na próxima aula...

Sunday 21 October 2012

Diáspora Norte-Americana no Doc Lisboa (da colega Ana Maria Fonseca)

Informa a Ana Maria Fonseca que:
no Doc Lisboa vão passar filmes sobre as minorias nos EUA, nomeadamente "Off the Pig" que foi feito com a colaboração dos Black Panthers e "El Pueblo se Levanta", sobre as precárias condições dos porto-riquenhos nos EUA. Achei que podia ser interessante, para quem
quiser ir. Deve ser mesmo! Acedam aqui ao programa.

Monday 1 October 2012

The Sun Also Rises em Lisboa

por um grupo excepcional, na Culturgest
vamos lá todos....? (proponho Segunda, dia 8, às 21h30)