Monday 15 May 2017

Translation Challenge for the 17th May - "Last Hymn to the Night"

In the comments box, write your attempt at translating the poem. If you do not have time for everything, try the first stanza, or just until "branches" at the beginning of page 36.


2 comments:

  1. Deixa a casa dormir
    Deixa que a cidade continue as repercussões inquietas
    Deixa que os opossums ataquem as frutas dos meus limoeiros
    Deixe que o acesso à minha garagem
    Reflita o brilho de pedra-pomes da lua.
    Deixa que os mortos falem de uma maneira que eu saiba
    E deixa-me estar à escuta.
    Deixa-me ser forte
    Agora que os fracos dormem e se salvam a si próprios
    Pois tal como tu, estou para além
    Do amor e da esperança

    Penso que sabes o que quero dizer:
    Que haja café, forte e simples
    Na caneca azul sobre a secretária manchada de anéis,
    E uísque puro num copo pequeno entre
    A desordem de livros e pilhas de papéis,
    E os lápis compridos e perigosos, e a máquina
    Para escrever

    Deixa que a relva cortada choramingue debaixo da trilha do caracol
    Deixa que os passos do gato do vizinho ressoem sobre o telhado, deixa que
    A lâmpada arda na minha janela num aviso amarelo
    Que por vezes
    Eu derramarei pela racha na porta
    E me encolha nas sombras amarrando números a estrelas
    No brusco céu metropolitano
    Deixa que me esqueça que haverá um tempo para o meu silêncio:
    Deixa-me só lembrar como as jacarandás pareciam
    Envoltas na bruma da noite, o brilho sódico
    Das luzes dos candeeiros criando halos nos seus ramos

    Matilde Gouveia

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  2. Deixa a casa dormir
    Deixa que a cidade continue nas suas inquietas repercussões,
    Deixa que os gambás urbanos assaltem as frutas dos meus limoeiros,
    Deixa que a entrada da minha garagem
    Reflita o brilho de pedra pomes da lua.
    Deixa os mortos falar de uma forma que eu conheça
    E deixa que os oiça.
    Deixa-me ser forte
    Agra que os fraco dormem e se salvam,
    Pois como tu, estou para lá
    Do amor e da esperança.

    Penso que sabes o que quero dizer:
    Deixa que haja café, forte e simples
    Na caneca azul sobre a secretária dos muitos anéis,
    E uísque puro no copo baixo entre
    A miscelânea de livros e pilhas de papel,
    E os longos, perigosos lápis e a máquina
    Para escrever.

    Que a relva cortada choramingue sob o rasto do caracol,
    Deixa que o gato do vizinho caminhe ruidosamente sobre o telhado, deixa
    Que a lâmpada queime da minha janela num aviso amarelo
    Que por vezes
    Eu entornarei através de uma fresta da porta
    E me encolha nas sombras ligando números e estrelas
    No brusco céu metropolitano.
    Deixa-me esquecer que haverá uma altura para o meu silêncio:
    Deixa-me só recordar como os Jacarandás são
    Cobertos pela bruma noturna, o brilho de sódio
    Dos candeeiros de rua formando auréolas nos seus ramos

    Catarina Coelho
    Nº 146208

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