Translation Challenge for the 17th May - "Last Hymn to the Night"
In the comments box, write your attempt at translating the poem. If you do not have time for everything, try the first stanza, or just until "branches" at the beginning of page 36.
Deixa a casa dormir Deixa que a cidade continue as repercussões inquietas Deixa que os opossums ataquem as frutas dos meus limoeiros Deixe que o acesso à minha garagem Reflita o brilho de pedra-pomes da lua. Deixa que os mortos falem de uma maneira que eu saiba E deixa-me estar à escuta. Deixa-me ser forte Agora que os fracos dormem e se salvam a si próprios Pois tal como tu, estou para além Do amor e da esperança
Penso que sabes o que quero dizer: Que haja café, forte e simples Na caneca azul sobre a secretária manchada de anéis, E uísque puro num copo pequeno entre A desordem de livros e pilhas de papéis, E os lápis compridos e perigosos, e a máquina Para escrever
Deixa que a relva cortada choramingue debaixo da trilha do caracol Deixa que os passos do gato do vizinho ressoem sobre o telhado, deixa que A lâmpada arda na minha janela num aviso amarelo Que por vezes Eu derramarei pela racha na porta E me encolha nas sombras amarrando números a estrelas No brusco céu metropolitano Deixa que me esqueça que haverá um tempo para o meu silêncio: Deixa-me só lembrar como as jacarandás pareciam Envoltas na bruma da noite, o brilho sódico Das luzes dos candeeiros criando halos nos seus ramos
Deixa a casa dormir Deixa que a cidade continue nas suas inquietas repercussões, Deixa que os gambás urbanos assaltem as frutas dos meus limoeiros, Deixa que a entrada da minha garagem Reflita o brilho de pedra pomes da lua. Deixa os mortos falar de uma forma que eu conheça E deixa que os oiça. Deixa-me ser forte Agra que os fraco dormem e se salvam, Pois como tu, estou para lá Do amor e da esperança.
Penso que sabes o que quero dizer: Deixa que haja café, forte e simples Na caneca azul sobre a secretária dos muitos anéis, E uísque puro no copo baixo entre A miscelânea de livros e pilhas de papel, E os longos, perigosos lápis e a máquina Para escrever.
Que a relva cortada choramingue sob o rasto do caracol, Deixa que o gato do vizinho caminhe ruidosamente sobre o telhado, deixa Que a lâmpada queime da minha janela num aviso amarelo Que por vezes Eu entornarei através de uma fresta da porta E me encolha nas sombras ligando números e estrelas No brusco céu metropolitano. Deixa-me esquecer que haverá uma altura para o meu silêncio: Deixa-me só recordar como os Jacarandás são Cobertos pela bruma noturna, o brilho de sódio Dos candeeiros de rua formando auréolas nos seus ramos
Deixa a casa dormir
ReplyDeleteDeixa que a cidade continue as repercussões inquietas
Deixa que os opossums ataquem as frutas dos meus limoeiros
Deixe que o acesso à minha garagem
Reflita o brilho de pedra-pomes da lua.
Deixa que os mortos falem de uma maneira que eu saiba
E deixa-me estar à escuta.
Deixa-me ser forte
Agora que os fracos dormem e se salvam a si próprios
Pois tal como tu, estou para além
Do amor e da esperança
Penso que sabes o que quero dizer:
Que haja café, forte e simples
Na caneca azul sobre a secretária manchada de anéis,
E uísque puro num copo pequeno entre
A desordem de livros e pilhas de papéis,
E os lápis compridos e perigosos, e a máquina
Para escrever
Deixa que a relva cortada choramingue debaixo da trilha do caracol
Deixa que os passos do gato do vizinho ressoem sobre o telhado, deixa que
A lâmpada arda na minha janela num aviso amarelo
Que por vezes
Eu derramarei pela racha na porta
E me encolha nas sombras amarrando números a estrelas
No brusco céu metropolitano
Deixa que me esqueça que haverá um tempo para o meu silêncio:
Deixa-me só lembrar como as jacarandás pareciam
Envoltas na bruma da noite, o brilho sódico
Das luzes dos candeeiros criando halos nos seus ramos
Matilde Gouveia
Deixa a casa dormir
ReplyDeleteDeixa que a cidade continue nas suas inquietas repercussões,
Deixa que os gambás urbanos assaltem as frutas dos meus limoeiros,
Deixa que a entrada da minha garagem
Reflita o brilho de pedra pomes da lua.
Deixa os mortos falar de uma forma que eu conheça
E deixa que os oiça.
Deixa-me ser forte
Agra que os fraco dormem e se salvam,
Pois como tu, estou para lá
Do amor e da esperança.
Penso que sabes o que quero dizer:
Deixa que haja café, forte e simples
Na caneca azul sobre a secretária dos muitos anéis,
E uísque puro no copo baixo entre
A miscelânea de livros e pilhas de papel,
E os longos, perigosos lápis e a máquina
Para escrever.
Que a relva cortada choramingue sob o rasto do caracol,
Deixa que o gato do vizinho caminhe ruidosamente sobre o telhado, deixa
Que a lâmpada queime da minha janela num aviso amarelo
Que por vezes
Eu entornarei através de uma fresta da porta
E me encolha nas sombras ligando números e estrelas
No brusco céu metropolitano.
Deixa-me esquecer que haverá uma altura para o meu silêncio:
Deixa-me só recordar como os Jacarandás são
Cobertos pela bruma noturna, o brilho de sódio
Dos candeeiros de rua formando auréolas nos seus ramos
Catarina Coelho
Nº 146208